Sou eu esse homem calvo
que enxergo no espelho?
ou sou o menino que vivo
esquivo, assustado, com medo
tal qual o galo de Gullar,
que faço entre as coisas,
de que me defendo?
sou um professor de meia idade
com inclinações artísticas
(como meus pais e minhas avós)
ou vivo centelha
em cada sonho que tive
nas idéias que fiz
em tudo quanto esbocei?
Um poema não se faz
apenas com interrogações.
O chá que bebo, eloqüente,
afirma o calor.
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3 comentários:
Rapaz, as palavras gostam de você como a bola ama o bom jogador. Vc pode não gostar de futebol, mas mesmo assim o meu elogio continua. Sou fã do que vc faz.
Amo futebol e todas as comparações e metáforas com ele.
Agradecido, Teresa!
um abraço
Dado
delícia te ler, dado. sempre.
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