Eles eram muitos cavalos,
ao longo dessas grandes serras,
das crinas abertas ao vento,
a galope entre águas e pedras.
Eles eram muitos cavalos,
donos dos ares e das ervas
com tranqüilos olhos macios,
habituados às densas névoas,
aos verdes prados ondulosos,
às encostas de árduas arestas,
à cor das auroras nas nuvens,
ao tempo de ipês e quaresmas.
Cecília Meirelles
(do Romanceiro da Inconfidência)
Nenhum comentário:
Postar um comentário