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Lançar um livro não é
atirar uma garrafa ao mar.
Lançar um livro não é atender ao grito de socorro
surgido do seio
da selva de pedra.
Lançar um livro
não é apenas mais um aceno
ao ímpeto humano
de narrar.
Lançar um livro
é ato subversivo
é afirmação inconteste de que existo, estou vivo
e me resta alguma esperança na humanidade.
Por isso, talvez
lançar um livro
seja algo quixotesco,
policárpico,
macunaímico.
Mas ainda assim
e mais que tudo
lançar um livro
é um resoluto e indiscutível
anti-suicídio.
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